Introdução
A Idade Média, que se estendeu aproximadamente do século V ao XV, era uma época em que a higiene pessoal e a limpeza das roupas eram questões complexas. A percepção de limpeza era muito diferente da que temos hoje, e a prática de cuidar das roupas era profundamente influenciada por fatores sociais, econômicos e culturais.

Práticas de Higiene
As roupas eram lavadas manualmente, geralmente à beira de rios ou lagos, onde a água corrente ajudava na remoção da sujeira. As mulheres eram responsáveis pela lavagem das roupas, usando água, sabão feito de cinzas e, em algumas regiões, produtos naturais como ervas e flores para perfumar as peças.

Curiosidade: Em algumas culturas, acreditava-se que a água dos rios tinha propriedades purificadoras, e muitos realizavam rituais durante a lavagem das roupas.
Frequência das Lavagens
A frequência das lavagens variava significativamente entre as classes sociais. Os camponeses, com acesso limitado a recursos, lavavam suas roupas apenas algumas vezes por ano. Já os nobres, com mais recursos e acesso à água, podiam lavar suas roupas com mais regularidade.


Além disso, algumas peças eram mais valorizadas e, portanto, eram lavadas com mais cuidado, enquanto outras, mais comuns, eram usadas até ficarem completamente desgastadas.
Secagem e Armazenamento
Após a lavagem, as roupas eram estendidas para secar ao sol, o que ajudava a eliminar odores e a branquear os tecidos. O armazenamento das roupas era feito em baús ou armários, frequentemente forrados com ervas secas para afastar insetos e odores.
A prática de passar as roupas com ferro quente não era comum, então as roupas eram mantidas amassadas, e os nobres frequentemente utilizavam dobraduras elegantes para ocultar isso.


Impacto Cultural
A higiene das roupas na Idade Média refletia não apenas as condições de vida, mas também as normas culturais e sociais da época. Em muitas culturas, a limpeza e o cuidado com a aparência eram vistos como virtudes, enquanto a sujeira e o desleixo podiam ser associadas a questões morais.
Com o passar dos séculos, as percepções sobre higiene e vestuário evoluíram, levando a práticas mais sofisticadas que se tornaram comuns no Renascimento e além.

